tag:blogger.com,1999:blog-14839304210466045782024-03-13T19:41:04.972-07:00CALDEIRÃO DE CERRIDWENAnita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-66639176781970693922015-04-21T16:28:00.003-07:002015-04-21T16:28:45.249-07:00ALFABETO DOS DRAGÕES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Ar7bAMCaV6U/VTbdCtdE5II/AAAAAAABbPU/weZgEEUtJNQ/s1600/alfabeto%2Bdos%2Bdragoes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-Ar7bAMCaV6U/VTbdCtdE5II/AAAAAAABbPU/weZgEEUtJNQ/s1600/alfabeto%2Bdos%2Bdragoes.jpg" height="191" width="320" /></a></div>
<br />Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-3492819558280033362015-04-21T16:24:00.000-07:002015-04-21T16:25:34.264-07:00ANIMAL GUARDIÀO<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: maroon; font-family: Georgia; mso-bidi-font-family: "Lucida Sans Unicode"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">É
bom você ter um animal guardião, você pode chamá-lo para ficar ao teu lado
durante os feitiços.</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><a href="http://3.bp.blogspot.com/-NTDuApAiYlQ/VTbb7Ik9LXI/AAAAAAABbPI/30z4yOqFhGs/s1600/526473_597903683557327_369487638_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-NTDuApAiYlQ/VTbb7Ik9LXI/AAAAAAABbPI/30z4yOqFhGs/s1600/526473_597903683557327_369487638_n.jpg" height="231" width="320" /></a></i></div>
<span style="color: #7d633b; font-family: "Lucida Sans Unicode"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p></o:p></span>Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-20991953215504305572015-04-21T16:19:00.000-07:002015-04-21T16:20:59.180-07:00PRINCÍPIOS DA MAGIA<div style="line-height: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: Verdana;">A Bruxaria, não possui
leis próprias como algumas religiões. As bruxas e bruxos
reconhecem um certo código de ética entre si, que não é secreto, e sim bastante
dedutivo, à medida que você começa a lidar com a Magia. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: Verdana;">Obviamente a Magia em si possui algumas leis, que não passam
de leis da própria Natureza. Nossas leis são as leis
naturais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="line-height: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: Verdana;">No entanto, a partir desse princípio, ao lidar com a Magia
deparamos com certas questões que nos fazem cair num dilema moral: Feitiço de
amor é válido? Até onde vai o conceito de livre-arbítrio? Qual o limite entre
ajuda astral e intervenção desnecessária? </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-FkSlytCRWKk/VTbbB18c2lI/AAAAAAABbPA/x05OkAbH87s/s1600/425285_340213586014725_504010835_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-FkSlytCRWKk/VTbbB18c2lI/AAAAAAABbPA/x05OkAbH87s/s1600/425285_340213586014725_504010835_n.jpg" height="320" width="256" /></a></div>
<o:p></o:p>Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-12728236068948455892015-04-21T16:10:00.001-07:002015-04-21T16:10:14.952-07:00Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-57303930301209608502014-10-14T19:19:00.002-07:002014-10-14T19:19:30.626-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-oUybVYy2BH4/VD3ZovjlSKI/AAAAAAABaU4/mYNDzyc5_qI/s1600/o4WU-15x-1.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-oUybVYy2BH4/VD3ZovjlSKI/AAAAAAABaU4/mYNDzyc5_qI/s1600/o4WU-15x-1.gif" height="294" width="320" /></a></div>
<br />Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-56804157312862467602014-10-14T19:16:00.001-07:002014-10-14T19:16:04.264-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-OwDx_TcKnh4/VD3Y0R1PebI/AAAAAAABaUw/liRZ37Tet_k/s1600/bruxa%2Be%2Bgato%2Bpreto%2B-%2Bo4WU-15x%2B-%2Bnormal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-OwDx_TcKnh4/VD3Y0R1PebI/AAAAAAABaUw/liRZ37Tet_k/s1600/bruxa%2Be%2Bgato%2Bpreto%2B-%2Bo4WU-15x%2B-%2Bnormal.jpg" height="294" width="320" /></a></div>
<br />Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-27534856975831955572014-03-17T21:21:00.001-07:002014-03-17T21:21:25.321-07:00Aine, Deusa Solar Irlandesa, Rainha do Povo das Fadas<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
“O povo das fadas” (chamado em gaélico de <i>Sidhe</i>), conhecido das lendas e mitos celtas é remanescente dos primitivos povos pré-celtas, que habitavam as Ilhas Britânicas desde a Idade de Bronze. Eles eram descendentes dos Tuatha de Danann, o “Povo da deusa Danu”, misteriosos seres míticos de natureza sutil, que conquistaram a Irlanda após vencerem os primeiros colonizadores- Fir Bolg, e que depois foram vencidos pelos Milesianos. Com a mudança das crenças religiosas e espirituais, os Tuatha de Danann não mais recebiam a sustentação da sua egrégora pelo reconhecimento e a gratidão dos seres humanos perante os seus dons e se afastaram cada vez mais da dimensão material, tecendo um véu de invisibilidade ao redor do seu mundo. Para se protegerem da violência das guerras - sendo eles seres pacíficos - se retiraram para outra dimensão, sutil, a ilha mágica Tyr na n’Og, “A terra debaixo das águas”, situada no Oeste da Irlanda e invisível aos homens. Uma parte deles se refugiou nas montanhas, colinas, florestas e grutas e as repartiu entre si, sendo conhecidos como “O velho povo, Os bons vizinhos, O povo das colinas”, Fairy people ou Fay e suas moradas (barrows) nas colinas ou elevações de terra chamadas de side ou <i>sidhe</i> (pronuncia-se “chee”), nome que aos poucos passou a ser confundido com os próprios seres.<br /><img src="http://www.teiadethea.org/files/imagens/textos/aine_216.jpg" style="border: 1px solid white; float: left; height: 260px; margin-right: 5px; padding: 1px; width: 194px;" /> A comprovação deste fato encontra-se na crença comum entre as diversas nações celtas sobre a existência de uma raça de seres sutis, obrigada pelas tribos invasoras a se retirar para o “Outro mundo”, descrito como uma dimensão subterrânea, dentro das colinas ou câmaras subterrâneas neolíticas (burial chamber), ou que tinham ido “além-mar”. Pelo fato que os <i>Sidhe</i> moravam nas câmaras subterrâneas – que eram usadas para o enterro dos reis - ao longo dos tempos eles passaram a serem confundidos com os espíritos ancestrais e denominados de Bean-sidhe ou Banshee, que anunciavam a morte de parentes e apareciam nas suas vigílias pranteando.<br /> Os <i>Sidhe</i> eram formados por vários grupos ou ordens, distintas umas das outras, mas que funcionavam como uma coletividade. As terras ocupadas pelos seres feéricos foram chamadas de Fairyland, “a terra das fadas” e seus caminhos e trilhas, imbuídos de energia mágica e telúrica, ficaram conhecidos como ley lines, as linhas de energia da terra, sobre as quais não deveriam ser construídas edificações humanas sob o perigo de eclodirem acontecimentos estranhos ou perniciosos à saúde. Os locais sagrados dos <i>sidhe</i> eram marcados por círculos de pedras, de grama mais verde ou de cogumelos e deviam ser respeitados e evitados pelos seres humanos. No nível mágico, os <i>Sidhe</i> conheciam e manipulavam os poderes dos elementos e por isso, com o passar do tempo e o esquecimento da sua verdadeira origem e poder, eles foram reduzidos às figuras elementais com nomes diferentes em função do elemento em que habitavam ou regiam. Nos contos de fadas lhes foi atribuído o papel de “fadas madrinhas”, conselheiras e protetoras individuais.<br /> <i>Sidhe</i> para os irlandeses representa o estado intermediário entre um mundo real e o sobrenatural, povoado por seres sutis, etéreos, dificilmente visíveis pelos seres humanos, devido às vibrações densas do mundo material. Com o advento do cristianismo e sua perseguição e proibição, eles esmaeceram na memória do povo, sendo denominados fadas, duendes e representações malignas do folclore, que viviam em outras dimensões entre o mundo material e espiritual. Contudo, seu fundamento psicológico nunca se perdeu e os mistérios ocultos nos contos de fadas e nas crenças populares conservam as reminiscências do antigo culto.<br /> Aos poucos, as fadas ficaram restritas ao folclore anglo-saxão e celta, conhecidas como protetoras e guardiãs das árvores, flores ou jardins, confundindo-se depois com outras entidades sobrenaturais e, às vezes, sendo consideradas magas e feiticeiras. Foram descritos muitos tipos, desde as belas fadas das flores, árvores, lagos e rios, os simpáticos gnomos protetores das moradias, até as entidades perigosas com dentes pontiagudos e garras afiadas. Presentes em todas as formas e manifestações da natureza, as fadas fizeram parte das lendas e do folclore de vários países, mas nenhum povo como o irlandês conseguiu captar, conhecer e compreender tão bem os <i>Fays</i>, provavelmente por serem seus descendentes. O mundo feérico das fadas ainda vive nas crenças e rituais dos camponeses da Irlanda, País de Gales, Escócia, Inglaterra e Bretanha e conta-se que vários mortais tiveram contato com o povo das fadas, aprendendo delas a arte da poesia, música, dança, metalurgia, tecelagem, magia e cura. A Irlanda até hoje é habitada por duas raças: a visível, dos celtas, e a invisível dos <i>Sidhe</i>, mas que podia ser vista e “visitada” pelos clarividentes e magos. As divindades mais conhecidas, consideradas o “Rei” e a “Rainha das Fadas” são a deusa Aine (pronuncia-se <i>Onyá</i> ou <i>Oine</i>), a regente da fertilidade e o deus Gwynn Ap Nudd (pronuncia-se <i>guin ap niid</i>), o “Senhor do Outro Mundo”.<br /> <b>Aine</b> é uma deusa arcaica da Irlanda, originariamente uma deusa solar, soberana da luz, da fertilidade da terra e do amor, cujo nome significava “prazer, alegria, esplendor”, celebrada no Solstício de Verão e que sobreviveu às perseguições cristãs ao ser transformada nas lendas em uma “Fada Rainha”. Apesar de deusa tutelar da província de Munster do Sudeste da Irlanda, muito pouco foi preservado das suas lendas; mesmo assim o seu culto perdurou até o século 20 mas ela jamais foi santificada ou mencionada pela igreja cristã. Os costumes a ela associados continuaram até 1970, preservando sua autêntica essência pagã, os camponeses caminhando com tochas acesas pelos campos plantados invocando o calor e a luz de Aine para a abundância das colheitas. As mulheres idosas queimavam ervas aromáticas para purificar as casas e afastar as doenças.<br /> Aine é irmã gêmea de <i>Grian</i>, a “Rainha dos Elfos” e também foi considerada como um dos aspectos da Deusa Mãe celta Ana, Anu, Danu ou Don. Grian e Aine alternavam-se na regência do ciclo solar na Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício. Aine foi mencionada pela primeira vez em 890-910 no dicionário <i>Sanas Cormaic</i> com explicações em latim da etimologia dos termos irlandeses. Mais tarde, apareceram menções no século XII no livro <i>Táin Bó Cúailnge</i> e no século XV em<i>Cath Finntrágha</i> sobre a relação da Deusa com os cairns e resquícios neolíticos encontrados em duas colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje ocorrem ritos em honra à deusa Aine. Uma colina, a três milhas a sudoeste do lago é chamada <i>Knockaine</i> (em homenagem à deusa) e lá se encontra uma pedra que confere inspiração poética a seus devotos merecedores e leva à loucura àqueles que forem punidos pela falta de respeito com os lugares sagrados. <i>Do topo da colina</i> podem ser avistados inúmeros locais associados com seres míticos, detalhes topográficos do mito de Aine (como os castelos dos reis) e das batalhas reais entre conquistadores e nativos.<br /> Existem muitas controvérsias a respeito da sua origem, alguns pesquisadores a consideram filha de Eogabail, um rei dos seres míticos Tuatha de Dannan, que teria sido o filho adotivo do deus do mar Manannan Mac Lir, outras vezes como sendo esposa e algumas vezes filha dele. Como Rainha dos reinos encantados Aine pertencia aos Tuatha de Dannann e aos <i>Sidhe</i> e era conhecida como <i>Lenan Sidhe</i>, a amada ou <i>Ain Cliar</i>, a luminosa. Inúmeros lugares eram dedicados a Aine na Irlanda como Knoc Áine (Condado de Limerick), Tobar Áine (Condado de Tyrone), Dun Áine (Condado de Louth), Lios Áine (Condado de Derry). Com o nome de <i>Aine Marine</i> e <i>Aine of Knockaine</i>, ela é associada com Knoc Aine/Knockaine, a sua colina em Munster. Na literatura ela foi descrita como uma “Rainha das Fadas”, a mais famosa sendo Titânia, da peça “O sonho de uma noite de verão” de Shakespeare.<br /> Assim como outras deusas celtas, Aine tem diversos aspectos associados a diferentes coisas e atributos, sendo regente do Sol, junto com suas irmãs Fenne e Grainne e também das fases lunares. Como deusa tríplice, sua face de <b>Donzela</b> era tanto generosa, quanto vingativa, recompensando os devotos com o presente da inspiração poética ou os punindo com a loucura, se tivesse sido ofendida ou menosprezada. Ela era invocada geralmente para ajudar, mas se fosse desrespeitada, a sua vingança não tardava. Como <b>Mãe</b>, era associada aos lagos e poços sagrados, cujos mananciais possuem poderes curativos, a fonte dedicada a ela <i>Tobar-na-Aine</i> era renomada pelos poderes curativos. A sua intensa sexualidade a tornou inimiga da igreja cristã, sendo vista como uma ameaça ao matrimônio e à castidade. Mesmo que o simbolismo relacionado com a Deusa Mãe tenha sido esquecido quase por completo desde que começaram os ritos cristãos nas igrejas, o ato de invocação da vida nunca enfraqueceu e ela era reverenciada como protetora da gravidez e das mulheres, punindo aqueles que as tivessem ofendido, agredido, perseguido ou violentado. Como <b>Deusa Escura</b> e regente do teixo, Aine era considerada a “Anciã de Knockaine”, caridosa com aqueles que lhe pediam ajuda, mas vingativa com quem a explorava pela má fé. Por ser uma deusa detentora do poder da vida e da morte, Aine podia aparecer para os homens como uma mulher sábia de rara beleza, qualificada como <i>sidhe leannan</i>, ou seja, “uma amante-fada-fatal” que exercia tal atração sobre os homens, que eles sucumbiam aos seus encantos e muitas vezes não sobreviviam. As mais dramáticas e poéticas histórias do folclore celta são as que relatam o amor entre mortais e os seres sobrenaturais, mas que não perduram devido a certos tabus, maldições, diferenças de vibrações e costumes. Acredita-se que a “amante-fada-fatal” ainda se manifesta nos dias de hoje e quando escolhe um homem mortal, este está fadado à morte certa, pois esta é a única maneira viável para que os dois possam ficar juntos e concretizar seu grande amor.<br /> Existem muitas lendas sobre as escapadas amorosas de Aine, às vezes ela casava com jovens vigorosos e tinha filhos “encantados”, que dela recebiam o poder de ver o “Povo das Fadas” com a ajuda de um anel mágico. Quando ela se apaixonou pelo jovem e belo herói Fionn, ela jurou que jamais iria amar um homem com cabelos grisalhos. Mas uma das suas irmãs também amava Fionn e através de um encantamento conseguiu que seus cabelos ficassem grisalhos, mesmo ele continuando jovem. Fiel à sua <i>geasa</i> (promessa mágica) Aine afastou o herói. Segundo outra, entre tantas lendas, conta que Aine estava sentada nas margens do lago Lough Gur, penteando seus longos cabelos dourados, quando Gerold, o Conde de Desmond, a viu e sentindo-se fortemente atraído por ela, roubou-lhe o manto dourado e só o devolveu, quando ela concordou em casar-se com ele. Desta união nasceu Geroid Iarla ou Earl Gerald, denominado "O Mago"; após o nascimento do menino, Aine impôs ao Conde Desmond, um tabu que o impedia expressar surpresa a qualquer coisa que o filho fizesse. Entretanto, ele quebrou tal tabu, exclamando alto quando viu o filho entrando e saindo de um frasco, fato que desfez o encanto e Aine recuperou sua liberdade. Aine dirigiu-se para a colina de Knockaine, transformando-se em um cisne; dizem que é lá que ela ainda reside em seu castelo encantado, cercada por Fadas. Em outra versão, ela se recolheu na ilha Garrod no lago Lough Gur no condado de Limerick e Gerald depois transformou-se em um ganso selvagem que voou alto seguindo o rio Lough, encontrando repouso no castelo da mãe. Lough Gur era um antigo sitio sagrado pré-histórico, com reminiscências de câmaras subterrâneas, grutas e círculos de pedras do período neolítico ao seu redor, onde foram encontrados restos de oferendas votivas e grãos.<br /> Outra lenda descreve como Gerald vivia abaixo das águas do lago, de onde saia cada sete anos cavalgando ao redor do lago até gastar as ferraduras de prata do seu cavalo, dia em que ele voltará para expulsar estrangeiros e malfeitores da Irlanda. Dizia-se também que de sete em sete anos ele emergia das águas como um fantasma montado em um cavalo branco; o lago sumia dentro da terra aparecendo no seu lugar uma árvore sobrenatural, coberta com tecidos verdes e guardada por uma anciã, que tinha o poder de elevar as águas do lago se a árvore corresse perigo.<br /> Em outra lenda, o rei Ailill matou Egbal, o pai de Aine e a violentou, mas ela relutou e arrancou sua orelha, o que lhe ocasionou o apelido de Ailill-sem-orelha. Aine jurou se vingar e após um tempo, Ailill foi morto por ela com uma poderosa magia, da mesma forma como se vingou de outro rei, que também a ofendeu. Seu filho Egan - que nasceu após ela ser violentada por Aillil - se tornou rei de Munster e fundador de uma famosa dinastia. Muitas famílias de Munster com o sobrenome de O'Corra ainda acreditam que são descendentes de Aine, por eles venerada como a melhor e mais bondosa deusa. Existem muitas situações que se repetem ao longo da história celta, em que uma deusa ou rainha é violentada e conquistada por um rei, simbolizando o domínio dos invasores sobre a população nativa e a decorrente vingança da terra quando maltratada ou destruída. Em todas estas lendas percebe-se como a determinação, engenhosidade e paciência de Aine ou de outras deusas ou rainhas, as ajudaram se libertar das imposições patriarcais.<br /> Aine tinha o poder de metamorfose, se transformando tanto em um cisne branco, quanto em uma égua vermelha de nome<i>Lair Derg</i>, e que ninguém conseguia alcançá-la. Acreditava-se que na noite do Solstício de Verão, moças virgens, que pernoitassem na colina de Knockaine, poderiam ver a Rainha das Fadas passando com toda a sua comitiva. O mundo das fadas só se tornava visível pelos portais mágicos, chamados “anéis de fada”, círculos marcados na grama ou no meio de árvores, que eram indicados pela própria Aine. Uma gruta de Knockaddon supunha-se ser ligada a <i>Tir na n’og</i> (o “Outro Mundo” celta) e de lá Aine chegava no Lammas para dar à luz a um feixe de grãos, o seu filho <i>Eithne</i> (o termo gaélico para grãos). Três dias no ano eram dedicados à ela: a primeira sexta-feira, sábado e domingo após o Sabbat de Lammas. Era nestes dias que ela retornava como uma mulher sábia, que ensinava aos homens como caminhar em união e amor sobre a terra, domínio da sua mãe, a deusa Danu. No Sabbat Samhain dizia-se que Aine saia das suas colinas cavalgando um touro vermelho e era reverenciada com fogueiras acesas em todas as colinas sagradas. Sendo associada com os Sabbats, Aine podia se manifestar como a Donzela da primavera, a Mãe das colheitas e a Anciã do mundo subterrâneo. Como Donzela aparecia também como uma sereia, que penteava seus longos cabelos com um pente de ouro na margem do lago, continuando a fazer isso até o pente ia ser gasto e seu cabelos ficando brancos. Nos dias dedicados a Aine era proibido derramar sangue, para que a centelha vital não se esvaísse do corpo de outros animais ou doentes. Às vezes ela era vista numa barco junto com seu pai Manannan ajudando os marinheiros perdidos. Durante a grande fome ocasionada pela crise irlandesa das batatas, Aine aparecia no topo da sua colina entregando comida para os famintos.<br /> Aine era invocada no Solstício de verão na colina de Knockaine para ritos de amor, fertilidade e abundância das colheitas, prosperidade das pessoas, separações e desfechos dolorosos nas relações amorosas. Ela ampliava a visão e podia facilitar o contato com o mundo das Fadas, potencializando os poderes mágicos e extrassensoriais. Os camponeses saiam em procissão após acenderem as fogueiras na sua colina e caminhavam pelos campos com tochas acesas, feitas com feixes de palhas e ervas solares amarrados em postes. Eles purificavam os campos e o gado com as chamas, pedindo proteção e fertilidade e esperavam que Aine e os <i>Sidhe</i> aparecessem para eles, abrindo um portal para o Outro Mundo. As cinzas das fogueiras eram espalhadas depois nos campos para atrair fertilidade. Nas noites de lua cheia, os doentes eram levados para se banharem no Lough Gur; se até o nono dia eles não se curavam, as pessoas sabiam que em breve iriam ouvir o canto das ancestrais <i>Banshee</i>, prenunciando-lhes um sono profundo e sem dor, durante qual iam passar para o reino dos <i>Sidhe</i>. Após a sua passagem, havia uma vigília prolongada, quando os familiares se reuniam entoando os cantos de lamento chamados<i>keenings</i>, dádiva das <i>banshees</i>.<br /> As mulheres idosas honram ainda Aine no Samhain e Litha e queimam ervas aromáticas para purificar as casas e afastar as doenças. Elas acreditam que foi Aine que impregnou o aroma nas flores e frutos e que seu brilho aquece os corpos e ilumina as almas. Apesar da sua memoria ter se perdido na bruma dos tempos, os velhos costumes e tradições guardados no folclore são resgatados por pesquisadores e adeptos atuais das tradições celtas. Cada ano, um número maior de pessoas se reúne no solstício de verão na colina Knockaine, saúda o nascer do sol e homenageia Aine, “A Brilhante” com canções, orações e oferendas de flores, grãos e leite.<br /> A mensagem que Aine traz para as mulheres atuais é acreditar no seu próprio poder, firme e forte, mas envolto na cor diáfana da suavidade amorosa. Ela nutre o corpo e o espírito com calor e luz, sendo protetora da natureza vegetal, animal e humana. Aine confere fertilidade física, mental e espiritual, apoia e incentiva o alcance dos sonhos e ambições com palavras que poderiam ser resumidas nesta frase: ”<i>arrisque-se e coloque o desejo do seu coração em ação!</i>”. Mesmo quando os planos iniciais não se concretizaram, a mulher deve seguir adiante, com coragem e confiança, sem permitir que opiniões e movimentos alheios impeçam a busca dos seus objetivos. Ficar parada ou lamentar perdas e fracassos não leva a nada e o tempo passa sem perceber, deixando para trás lamentos, remorsos e inação. São as perdas e fracassos do passado que nos ensinam a viver melhor, não se pode julgar uma decisão passada com o discernimento do presente, pois as decisões são tomadas com a consciência do momento. É importante saber qual é a missão que a mulher veio realizar no mundo e se empenhar para cumpri-la, com todas as suas forças. “<i>Confiar, se preparar e agir</i>” é o legado deixado por Aine para as mulheres; após ter refletido, tomado uma decisão e estabelecido um plano de ação, deve ser dado inicio ao caminho escolhido, com pequenos e cautelosos passos, sem parar, titubear ou recuar. Com a ajuda de Aine, as mulheres podem resgatar, diversificar e expressar o ilimitado potencial da natureza e essência feminina.<br /> Aine pode ser invocada em ritos de amor, fertilidade, na gravidez, magia natural com a ajuda das fadas, abundância, prosperidade, separação dolorosa, para punir traições e ofensas das mulheres por homens, quebras de promessas e exploração da terra. Ela amplia nossa visão e pode facilitar o contato com os mundos sutis; por dominar as artes mágicas, Aine auxilia a potencializar os dons mágicos e extrassensoriais, sendo-lhe atribuído o poder da energia vital, a centelha sagrada que sustenta os seres vivos.<br /> Seus símbolos mágicos são: égua vermelha, lebre, gado, ganso selvagem, cisne, plantações férteis, bastão, sinos, flores, trevo de três folhas, madressilva, angélica, amoras, sabugueiro, linho, alho, artemísia, lavanda, urtiga, hera, visco, azevinho, bétula, freixo, teixo, carvalho, fitas multicoloridas e harpa.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
A seguir algumas invocações tradicionais para Aine:</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<i>Senhora das Colinas, Filha do mar, Rainha radiante das Fadas,<br />Linda Aine Brilhante, Aine Chlair, que rege o calor do verão,<br />Venha a nós, estenda teu manto dourado e nos abençoe.<br />Deusa que ilumina os caminhos e orienta nossos passos<br />Traga alegria e harmonia para nossos corações,<br />Lavaremos nossos rostos com nove raios do sol<br />Encontraremos a paz envoltas pelo manto dourado de Aine,<br />Seremos abençoados ao acordar e quando deitar.<br />Durante o dia e à noite, quando chegarmos e sairmos,<br />A luz estará na nossa frente, atrás de nós, dentro de nós e fora de nós,<br />Pois o manto dourado de Aine Cil sempre nos envolverá.<br />Senhora da Luz, nós te louvamos,<br />Te reverenciamos e sempre respeitaremos o teu legado!</i></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Aine, Grande Deusa da Irlanda<br />Deusa da Lua, do amor<br />Encorajadora da paixão no coração dos homens<br />Invoco o teu poder, vem até mim<br />Rainha das Fadas de Munster<br />Tu que governas a agricultura, a fertilidade, as colheitas e os animais<br />Sol dourado que se transforma em Lair Derg,<br />A égua vermelha que ninguém pode domar,<br />Me ensina teus mistérios, compartilha comigo tua sabedoria<br />Tu que és a Mãe, mostrando tua face curadora nos lagos e fontes<br />Tu que és a Anciã, Leannan Sidhe, que aparece aos mortais com tua grande beleza<br />Para levá-los ao Outro Mundo.</div>
<i style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px;"></i><br />
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<i>Eu te invoco Aine, Grande Mãe<br />Toque a cabeça dos meus filhos para crescerem fortes<br />Deixe teu pó dourado cobrir meus lábios<br />Para atrair os beijos do meu amado<br />Pare a mão daqueles que cortam as árvores,<br />Ajude-os a descobrir como tornar a terra verde<br />Fortalece a mão de quem planta sementes<br />Nos campos e terras áridas.<br />Ajuda as flores a se transformarem em frutos<br />Que sejam degustados por todos com gratidão por Ti<br />Faça ouvir teu canto suave até os cantos remotos da Terra<br />Nutra as águas da minha alma<br />Toque-me com Tua sabedoria<br />Ao despertar em cada dia<br />Para que a luz do teu brilho<br />Desperte a minha luz interior<br />Abençoada sejas<br />Aine Deusa dourada!</i></div>
Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-81251774427199485222014-03-17T20:35:00.001-07:002014-03-17T20:35:52.633-07:00A MULHER BÚFALA BRANCA<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Muito tempo atrás, a tribo nativa norte-americana Lakota (ou Sioux) vivia de forma simples, caçando búfalos nas campinas para sua sobrevivência. Um dia, dois jovens índios saíram a caminhar, atentos a qualquer movimento, quando vislumbraram no horizonte algo se movendo com rapidez. Chegando mais perto viram que era uma linda mulher, envolta por uma luz brilhante. Os jovens tinham índoles diferentes: um deles apenas apreciou a beleza da mulher, mas o outro dela se aproximou, com intenções de violentá-la. A mulher abriu seus braços e cobriu o conquistador com seu xale, ambos ficando dentro de uma névoa. Quando a neblina se dissipou, o outro jovem viu com espanto, saindo do xale da mulher o esqueleto do seu companheiro, que logo se transformou em poeira soprada pelo vento. Comovido, o jovem se ajoelhou perante a misteriosa mulher e pediu-lhe que fosse com ele para ensinar à sua tribo os mistérios da vida e da morte. Ela concordou e pediu que preparassem uma grande tenda onde toda a tribo pudesse se reunir. Lá a mulher mostrou um cachimbo feito de argila vermelha com um longo cabo de madeira, e pediu que este cachimbo fosse usado em ritos sagrados para lembrar e honrar a ligação dos seres humanos com todas as outras formas de vida, além de reverenciar a Mãe Terra, pois cada passo que fosse dado sobre seu solo seria como uma oração. Após estes ensinamentos a mulher se afastou e foi se transformando lentamente em uma vitela de búfalo branco. Foi por isso que esta misteriosa mestra foi denominada <i>Mulher Búfala Branco</i>, detentora do cachimbo sagrado e de seus mistérios.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Na antiga tradição Lakota a causa primeva de tudo, o princípio primordial da criação era <i>Wakan</i>, o ventre da Mulher Búfalo. Reverenciado como o vazio cósmico, um receptáculo de infinitas possibilidades de criação, Wakan era descrito como um grande recipiente estrelado, contendo inúmeras centelhas de vida adormecidas, esperando serem ativadas para se integrarem à realidade terrena. O principio ativo e co-procriador era <i>Skan</i>, que, semelhante a um relâmpago cósmico, mergulhava no receptáculo sagrado e acordava as centelhas para a luz da existência.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Nas tradições nativas a mulher era a representante de Wakan na Terra, responsável pela continuação da vida humana, sendo um ser sagrado e por todos respeitado. Ela também tinha a missão de preservar e cuidar da paz e da harmonia dos relacionamentos, entre os membros do clã, com as outras tribos e com os reinos da criação. Eram as mulheres que criavam e cuidavam da complexa teia das atividades e relacionamentos humanos, evitando conflitos e divisões e ensinando como<i>“caminhar suavemente sobre a terra”</i>. Mesmo quando a chegada dos conquistadores europeus despertou a cobiça, rivalidade e violência entre as tribos, os Conselhos das Matriarcas dos clãs e das Avós se empenhavam para restabelecer a paz e relembrar a suprema lei da Criação: <i>”viver em harmonia com todos os seres do círculo da vida”</i>. Competiam às avós as decisões finais por desfrutarem de muito respeito e honra pela sua sabedoria ancestral e experiência de vida. Desde uma tenra idade os meninos eram ensinados pelas mães a respeitar e vivenciar as qualidades femininas; eles viviam no meio das mulheres até os sete anos e aprendiam qualidades e artes femininas como gentileza, respeito, compaixão, cozinhar, costurar, plantar, colher, bem como manter as tradições e a harmonia, natural e humana. Quando passavam para o círculo dos homens aprendiam as atividades masculinas, mas jamais lhes era incutida a violência ou falta de respeito para com a Natureza, mulheres, crianças, idosos ou doentes. Um homem de respeito e autoridade era aquele que cuidava bem da sua família e da sua tribo, preservava os reinos da Criação e honrava as tradições e os ritos sagrados.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
A mensagem que a Mulher Búfala Branca trouxe para o mundo contemporâneo é lembrar que todos nós humanos, independentemente de cor, origem, gênero ou situação social, fazemos parte da complexa teia da vida e somente vivendo com respeito, harmonia e paz, poderemos atravessar os períodos cruciais que nos aguardam. A lição da Mulher Búfalo Branco foi: <i>”viver em paz com todas as nossas relações”</i> e <i>“tudo o que fizermos à grande teia da criação faremos a nós mesmos, pois somos um só ser vivo”</i>. A expressão <i>”todas as nossas relações”</i> é usada para representar o círculo da vida a qual todos nós pertencemos, simbolizado pelo cachimbo sagrado. Seu bojo feito de argila vermelha representa a Terra, no seu interior está gravado um búfalo, significando todos os seres de quatro patas, e também a abundância da Terra que sustenta toda a vida. O cabo ou tubo do cachimbo, feito de madeira, simboliza tudo o que cresce sobre a terra. As doze penas que o enfeitam são de águia e descrevem as criaturas que voam, enquanto as conchas representam o reino aquático. Ao acender e fumar o cachimbo reunem-se os elementos (associados com as ervas, a chama e fumaça, as cinzas) e também todos os reinos da criação. A oração que acompanha o ato de fumar o cachimbo é direcionada em benefício de todos e do Todo e é o objetivo principal deste rito sagrado.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
A Mulher Búfala Branca continua se comunicando conosco através das visões e mensagens recebidas por muitas mulheres contemporâneas. Um comovente testemunho é encontrado nesta linda canção, recebida em uma visão pela xamã, compositora e divulgadora dos antigos rituais sagrados, <i>Brooke Medicine Eagle</i>. Vamos refletir e colocar em prática estes atuais e necessários conselhos:</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<i></i></div>
<center style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px;">
<i>Buffalo Woman is calling. Will you answer Her?<br />She’s calling light, she’s calling peace<br />She’s calling spirit, she’s calling you<br />Buffalo Woman is calling. Will you answer Her?<br />I will answer Her. We will answer Her!</i></center>
Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-47943498190954294882014-03-17T19:36:00.000-07:002014-03-17T19:36:01.343-07:00QUEM É CERRIDWEN?<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Um dos símbolos mais antigos da mitologia celta é o "caldeirão da transmutação" honrado como mistério central da religião por simbolizar o renascimento do ventre da Deusa Escura (o ventre representado pelo caldeirão). Sua magia se devia à capacidade da transmutação, processada através de mudanças, experiências, desafios e o recebimento final da inspiração divina (denominada <i>grael</i>). Acreditava-se que o caldeirão era capaz de transformar a forma material em essência espiritual e de favorecer a preparação da bebida da imortalidade e da inspiração.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Denominado <i>Awen</i> no mito da deusa <b><i>Cerridwen</i></b>, o caldeirão era o receptáculo sagrado da sabedoria divina e do dom da inspiração, o meio mágico para a regeneração no ventre escuro da Deusa Anciã. Ele foi o precursor do Santo Graal, considerado uma fusão do caldeirão mágico do paganismo celta e do cálice do cristianismo. Cerridwen era uma deusa galesa, guardiã do caldeirão, dotada com a habilidade da metamorfose (assim como outras divindades celtas), profetisa e regente dos processos de vida, morte e regeneração. O elo entre a deusa Cerridwen e o caldeirão mágico foi descrito em um manuscrito do século XIII - “<i>O livro de Taliesin</i>” (que descrevia a vida do grande poeta galês do século VI) e também mencionado no poema épico galês <i>Mabinogion</i>. Em ambas as fontes, o nascimento do poeta é associado com circunstâncias sobrenaturais e elementos mágicos, ligados ao mito de <i>Cerridwen</i>.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<i>Cerridwen</i> representa a “Face Anciã” da Deusa Tríplice celta; seu nome tem como origem os termos galeses <i>ceryd</i> “admoestar com amor” e <i>gwen</i> “branco e abençoado”. Apesar da sua representação habitual como uma mulher velha, chamada de “A anciã da criação” ou simplesmente “A anciã”, ela era uma deusa que mudava sua forma, passando de jovem à mulher madura ou velha, incluindo também sua metamorfose em animais. Como deusa da fertilidade e abundância, ela era chamada de “Deusa soberana dos cereais”, a porca sendo seu animal totêmico e representando a fecundidade do mundo subterrâneo, bem como o poder materno (criador e destruidor, que dá e tira a vida).</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Cerridwen é associada com a Lua, os dons de inspiração, a poesia, as profecias, a habilidade da metamorfose, o ciclo de vida e morte, sendo a guardiã da sabedoria e do conhecimento. É ao mesmo tempo Deusa parteira e protetora dos mortos, pois o mesmo poder que conduz os corpos para a morte traz a vida. No seu ventre gera-se a vida, mas a vida antecede a morte. Seu aspecto de Anciã representa o conhecimento de todos os mistérios que só a idade e a experiência podem proporcionar. Cerridwen é ao mesmo tempo uma Deusa do caos e da paz, do início e do fim, da harmonia e da desarmonia. Ela é a Deusa que devemos reverenciar nos momentos de dificuldades e para a transmutação dos desafios e malefícios.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
No seu mito conta-se que ela vivia no meio do lago Bala, no Norte do País de Gales, junto com seu marido <i>Tegid Foel</i> e dois filhos gêmeos, a filha <i>Creirwy</i> (cujo nome significava luz, beleza) e o filho <i>Morfran</i> (“o corvo”) equivalente de <i>Afagddu</i> (feio, escuro). Enquanto a moça era de cor clara, alegre e dotada de uma beleza estonteante, o rapaz era deformado, feio, mal-humorado, com pele escura e corpo peludo. Os irmãos eram evidentes representantes das polaridades: luz e sombra, dia e noite, verão e inverno, céu e mundo subterrâneo.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Preocupada com a aparência do filho – que ela não podia mudar mesmo sendo uma deusa - e desejando que ele fosse aceito pela sociedade, Cerridwen decidiu preparar uma poção mágica no seu caldeirão, que lhe conferisse os dons da inspiração e sabedoria, tornando-se assim um renomado bardo. Como costumeiro nas magias celtas, a poção devia ferver e ser misturada sem parar durante um ano e um dia, condensada finalmente para três gotas que continham a sabedoria do mundo, o resíduo sendo apenas veneno. Para auxiliar nesta tarefa Cerridwen chamou duas pessoas: um rapaz chamado <i>Gwion Bach</i> para mexer no caldeirão e um velho cego- <i>Morda</i> para cuidar do fogo. Ambos assumiram suas tarefas sem reclamar, enquanto Afagddu não quis participar de nada.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Cerridwen começou a estudar manuscritos antigos sobre as propriedades das plantas e as configurações planetárias benéficas para favorecer o preparo da poção mágica. Ela juntou no caldeirão água de fontes sagradas, espuma do oceano, ervas e raízes mágicas colhidas em diferentes lugares, horas e estações, que iam favorecer o despertar da intuição e da inspiração. No final do período de um ano e um dia, Cerridwen colocou seu filho Afagddu na frente do caldeirão pedindo-lhe que ficasse atento quando o elixir ficasse concentrado e pronto para que as três gotas saltassem para fora. Desinteressado, Afagddu adormeceu, enquanto Cerridwen entrou em transe após recitar os encantamentos mágicos (ou em outra versão adormeceu exausta pelo trabalho demorado). Enquanto isso, Gwion mexeu com tanta força no caldeirão, que o líquido borbulhante espirrou e as três gotas caíram na sua mão; em seguida o caldeirão explodiu. Sentindo a dor da queimadura, o rapaz colocou instintivamente a mão na boca para buscar aliviar, mas no mesmo momento, ele adquiriu o conhecimento e toda a sabedoria do mundo, compreendendo todos os segredos do passado e do futuro. Outras fontes citam uma história diferente, em que Gwion empurrou Afaggdu que estava vigiando a poção e pegou as preciosas gotas ele mesmo, antes que o caldeirão explodisse devido ao resíduo do líquido transformado em veneno.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Enfurecida pela perda do precioso elixir que conferiu o dom de sabedoria para Gwion e não ao seu amado filho, Cerridwen correu atrás do rapaz, perseguindo-o sem cessar, mesmo depois da sua metamorfose em diversos animais. Cada vez que ele assumia a forma de um animal, ela se transformava no predador dele. A caça tornou-se uma guerra entre poderes mágicos, cada um dos oponentes se metamorfoseando em vários animais.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Gwion transformou-se numa lebre que fugiu rapidamente, enquanto Cerridwen assumiu a forma de um galgo ágil e correu atrás dele, quase conseguindo abocanhá-lo. Gwion conseguiu escapar e correu para um rio onde se tornou peixe, enquanto Cerridwen assumiu a forma de uma lontra, que o perseguiu sob a água até que ele se viu forçado a transformar-se num pássaro e alçou voo. Ela, transformada em falcão com garras fortes e visão aguçada, o seguiu sem parar e não lhe deu descanso no ar. E quando estava prestes a alcançá-lo, cansado da perseguição e temendo pela própria vida, Gwion avistou um monte de trigo peneirado no solo de um celeiro e mergulhou no meio da pilha, transformando-se num dos grãos, certo de que Cerridwen não ia reconhecê-lo. Porém ela, sem sentir cansaço e atiçada pela caça, aguçou sua vista e se transformou numa galinha negra, que ciscou no trigo, encontrou o fugitivo e o engoliu.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Nove meses e dez lunações depois, da semente engolida e gestada no ventre de Cerridwen, nasceu um lindo menino. Apesar da decisão de matá-lo assim que nascesse Cerridwen ficou tocada pela sua beleza e seu ar radiante; comovida o embrulhou em uma bolsa de pele de foca e depois o jogou no mar. Alguns dias depois, o príncipe celta Elphin passeando na beira mar ouviu um choro de criança e salvou o belo menino; impressionado pela sua aparência radiante deu-lhe o nome <i>Taliesin</i>, que significava “testa alta e brilhante”. Quando adulto Taliesin tornou-se o legendário bardo galês, dotado de uma fantástica sabedoria e inspiração, sendo conselheiro de reis, exímio mago e honrado como a genuína encarnação da sabedoria druídica. Sendo ao mesmo tempo um arquétipo sobrenatural amalgamado com uma figura histórica, Taliesin considerava sua sabedoria como um dom divino, uma coletânea de memórias de todas as suas encarnações anteriores.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
A caça e as metamorfoses seguidas têm intrigado durante séculos estudiosos de história e mitologia. Uma das teorias interpreta os obstáculos como o empenho e a determinação do discípulo para alcançar as metas do treinamento mágico imposto pelo mestre. O período de um ano e um dia era o tempo de estudo exigido pelos mestres celtas antes da iniciação ou passagem de grau dos seus discípulos. Era também um prazo usado em vários trabalhos mágicos e em determinados procedimentos legais na antiga sociedade celta. Cerridwen na realidade estava treinando Gwion, testando o seu real valor e potencial, superando sua própria raiva e frustração para melhor conhecer e aceitar o futuro papel de Gwion nas lendas celtas. Outra explicação encontrada em algumas fontes associa os animais da caça com alguns dos totens dos clãs celtas, simbolizando força e habilidade dos guerreiros nas batalhas. O peixe - ou melhor, o salmão - a lebre, o falcão, a lontra e os pássaros são animais mágicos celtas. Os grãos são a essência do deus agrícola, que se sacrifica e entrega seu poder e força para que as espigas cresçam. Todavia, o galgo e a galinha não possuem poderes mágicos, portanto esta teoria é desprovida de fundamento mítico. Uma prática celta para adivinhação que constava em fazer oferendas para as divindades, comer carne crua e depois chupar o polegar - chamada <i>Imbas Forosnai</i>-, talvez tenha sido inspirada pelo mito de Cerridwen e Gwion. No relato mítico do herói irlandês Finn <span style="font-size: small;"><i>Mc.Cool</i></span>, conta-se que ele adquiriu a sabedoria lambendo seu dedo queimado enquanto assava um salmão (o animal totêmico celta detentor da sabedoria).</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
A sacerdotisa e pesquisadora Jhenah Telyndru - no seu livro <i>Avalon within</i> - compara a caça com os diferentes estágios da transformação da alma, progredindo das sombras do inconsciente para a vontade consciente. Neste cenário cada par de animais é associado a um elemento. A lebre e o galgo pertencem à terra, o peixe e a lontra, à água, o pássaro e o falcão ao ar e a galinha e o grão, ao fogo. As transformações e seus elementos correspondentes simbolizam o desenrolar da vida individual. Ar seria o nascimento, fogo, a juventude, água, a maturidade e a terra, velhice e morte. Por ter renascido do ventre de Cerridwen após a sua morte, Gwion simboliza a crença celta na reencarnação ou a volta do espírito para a terra, assumindo outro corpo e forma.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
O prazo de um ano e um dia é uma referência ao calendário pagão formado de 13 meses lunares de 28 dias cada, somando 364 dias e acrescentando mais um dia para o total de 365. Este mesmo prazo aparece em muitas outras lendas, mitos e contos de fadas e levou à perseguição cristã do número 13, considerado de mau augúrio e associado à bruxaria. No entanto, a tradição pagã persistiu em muitos nomes e símbolos como os famosos “13 Tesouros da Bretanha”, possivelmente símbolos lunares, associados às constelações zodiacais e descritos como: espada, cesto, chifre para beber, carruagem, faca e pedra para afiar, caldeirão, tacho, corda, travessa, tábua de xadrez, vestuário, manto. Os treze meses do calendário menstrual eram representados nas paredes do templo de Tarxien em Malta como uma porca com 13 tetas, semelhante à descrição celta de Cerridwen como “a Porca Branca”.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
O mito de Cerridwen e o seu caldeirão mágico retrata a crença galesa de que, para que a verdadeira inspiração divina se manifestasse no mundo, era necessária a morte e o renascimento. O ventre de Cerridwen, assim como o seu caldeirão, tinha o potencial de gerar todas as manifestações da criação, sendo o começo e o fim da vida. Cerridwen é ao mesmo tempo uma criadora e iniciadora, na realidade ela é o próprio receptáculo do renascimento, pois engoliu Gwion e depois lhe deu a vida; o simbolismo do grão comido pela galinha é uma alegoria da semente enterrada na terra para renascer. Ao beber as três gotas proibidas, Gwion teve a visão perfeita da divindade representada por Cerridwen. Perseguido e castigado pela Deusa ele não pode morrer realmente pois tem o conhecimento perfeito; por isso a deusa o ingere na forma de grão de trigo e ele se integra à divindade de Cerridwen. Quando Gwion se apodera dos segredos de Cerridwen representados pelas três gotas se produz um caos comparável ao do nascimento. A partir desse momento, aparece a necessidade de reconstruir a unidade perdida, a necessidade de voltar atrás, até a mãe, e dessa forma se produzirá um "novo nascimento". Gwyon Bach não morre, ele volta para o ventre da mãe para um novo amadurecimento, fecunda a própria mãe e renasce pela segunda vez como Taliesin, o bardo que conhece os segredos do mundo e da divindade.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Essa narração, embora seja da época cristã, é baseada na crença arcaica de que o homem nada tem a ver com o fenômeno do parto, que é função específica da mulher. O homem não era considerado pai dos filhos no sentido que nós damos agora a esse termo, pois antigamente se desconhecia a paternidade fisiológica e o pai era completamente alheio ao nascimento dos filhos. Característica de uma sociedade que consideramos primitiva (no sentido pejorativo da palavra) na verdade esta crença representa um estágio de uma civilização que não era pior do que o paternalismo da civilização romana, ou os nossos conceitos atuais. Na sociedade matrilinear, o pai não desfrutava de nenhum privilégio em relação aos filhos e não tinha, portanto, direito ao seu afeto, precisando se empenhar para ganhá-lo. Por outro lado, não tendo as responsabilidades financeiras que envolviam uma família, se sentia mais livre para deixar que seus instintos paternais se desenvolvessem. Na sociedade paternalista que insiste sobre o papel biológico do pai, se reforçam todos os conflitos de natureza edípica, destruindo o equilíbrio da sociedade matrilinear que promovia para o pai uma relação desinteressada, isenta de toda autoridade e buscando o amor. Além disso, as sociedades paternalistas consideram até hoje a mulher como uma máquina de prazer ou de procriação e insistem sobre a sacrossanta virgindade das jovens.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
A caça mágica enfatiza o papel de Cerridwen no ciclo natural de nascimento, morte e renascimento. Seu movimento não é caótico, mas medido e em forma de círculos. Ela e seu caldeirão representam o começo e o fim, a madrugada luminosa e a escuridão da noite; ela é a força que nos ajuda nascer de novo, superando decepções, frustrações, doenças e morte. Espiralando eternamente, Cerridwen lembra-nos que de cada fim nasce um começo e que cada começo tem um fim, vida e morte sendo apenas aspectos do cosmos rodopiando e mudando eternamente. A sua mensagem é: “cada fracasso contém em si um sucesso”. Um antigo canto celta para a invocação de Cerridwen - usado até hoje - é originário da Escócia, sem que se saiba a data exata ou o significado das palavras. Sua finalidade visava invocar o poder de Cerridwen no corpo, na alma e no espírito, para que a pessoa se tornasse um canal aberto para deixar passar a energia da deusa:</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<i>Amores Cerridwen</i></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Calami carbones stultorum moenia chartee</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<i><span style="font-size: small;">Calami carbones stultorum moenia chartee</span></i></div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
A aparição de Cerridwen na vida de alguém (em sonhos, presságios ou visões) prenuncia situações de morte e renascimento, algo deve morrer e deve ser deixado para trás, para que o novo possa renascer; a matéria não pode ser criada ou destruída, mas é sujeita a transformações. A dança das estações nos ensina como viver plenamente, aceitando todas as faces da existência, que incluem a morte e o renascimento. A plenitude é vivida quando temos a consciência de que cada passo que damos na vida é também um passo para a morte e o renascimento. Seremos plenos e conscientes quando aceitarmos a nossa dança com a morte e o renascimento. Fazemos parte do processo cósmico de reciclagem e devemos aceitar que o fim faz parte da nossa vida, assim como o começo. Precisamos ter coragem para o desapego (de medos, hábitos, situações ou emoções negativas); iremos receber de volta aquilo que deixamos ir, transmutado para uma forma mais benéfica e abundante, o que irá aumentar o nosso poder e expandir a nossa consciência.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Mergulhando no caldeirão de Cerridwen poderemos alcançar nossos objetivos, encontrar a força para superar adversidades, transmutar os bloqueios e os medos e encontrar a luz no momento da morte. Não devemos encarar a morte como o fim, mas como um renascimento. Quando aprendermos a abrir mão de certas coisas e situações, estaremos aprendendo a morrer espiritualmente, de várias pequenas maneiras ao longo da vida. No momento da morte, o ato de abrir mão se multiplica milhares de vezes e a liberação proporciona uma conexão divina totalmente nova. Os místicos ensinam que para poder mergulhar na presença divina é necessário exercitar o desprendimento A totalidade só é conquistada no momento em que aceitarmos entrar na dança da morte e do renascimento.</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<i>Eu lhe dou a vida e lhe dou também a morte,</i></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Fases que fazem parte de tudo o que vivencia ao longo da espiral,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
O caminho espiralado é a própria existência,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Sempre seguindo, sempre crescendo e mudando,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Nada morre que não renascerá, nada existe que não vá morrer.</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Quando você vem a mim, eu lhe dou as boas vindas,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
E depois a recebo no meu ventre, o caldeirão da transmutação,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Onde você será mexida e virada, fervida e triturada,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Derretida e amassada, reconstituída e reciclada.</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Você sempre voltará a mim e seguirá o seu ciclo, renovada.</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Morte e vida são apenas pontos de transição</div>
<i style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px;"></i><i style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px;"></i><br />
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
</div>
<br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<i>Ao longo da Senda Eterna e Espiralada!</i></div>
Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-64125347648200642992014-03-17T19:30:00.000-07:002014-03-17T19:30:31.616-07:00Cerridwen - A Guardiã do Caldeirão da Transmutação<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<i>Mulher sábia, anciã, mãe e mestra,</i></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Você diminui a escuridão do céu e parteja o nascer do sol,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Possuidora de energia e sabedoria,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Criadora do movimento e do significado,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Dai-me da sua força, ensine-me sua sabedoria.</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
No seu grande caldeirão Awen,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Eu experimento sua magia e conheço seu poder,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Eu transformo minha forma e aprendo com seu conhecimento.</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Assim, eu começo a minha busca e ouço a sua inspiração,</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Para um novo começo, o fim e a inevitável morte,</div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<i>Meu renascimento sendo guiado por você, Grande Cerridwen!</i></div>
<div style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
</div>
<i style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px;"></i><br />
<center style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px;">
Michelle Skye: <i>Goddess alive</i></center>
<center style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px;">
<i><br /></i></center>
<center style="background-color: white; color: #292929; font-family: Helvetica; font-size: 13px; line-height: 16.600000381469727px;">
<i><br /></i></center>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
<br /></div>
Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1483930421046604578.post-59396312020913069862014-03-15T17:32:00.004-07:002014-03-15T17:32:51.973-07:00MOTIVO DO NOME<strong style="background-color: white; color: #351c75; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22.869001388549805px; text-align: justify;">Cerridwen / Ceridwen / Caridwen</strong><span style="background-color: white; color: #351c75; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22.869001388549805px; text-align: justify;"> - Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento.</span>Anita Aparecida Martinshttp://www.blogger.com/profile/18243682528727745889noreply@blogger.com0